1790 – 1801: D. José Luís de Castro (Conde de Resende)

Cronologia Político-administrativa

O acontecimento de maior notoriedade deste governo foi à devassa e processo dos envolvidos na Inconfidência Mineira e consequente execução do Tiradentes.
Era o Conde de Resende, no dizer de Moreira de Azevedo, “homem colérico, amante do arbítrio e despotismo, e divertia-se vexando seus súditos e perseguindo-os”. Contam-se vários exemplos de suas arbitrariedades e de atos de gratuita crueldade. Em tais condições, não é de estranhar que não se fizesse estimado dos moradores, não deixando grata memória nas tradições locais.
Isto, entretanto, não impede que se reconheça que prestou reais serviços à cidade. Mandou cobrir, em toda a sua extensão, o aqueduto da Carioca que até então corria em canal aberto. Revestiu de abóbadas o cano da rua do mesmo nome, fazendo calçar o leito da referida via pública. Iniciou o mesmo serviço sobre a famosa Vala, em substituição das lajes com que a mandara cobrir o Conde da Cunha, dentre outras diversas obras que traziam melhorias de vida para a população e em consequência melhoraram a estética da cidade.
Como outro exemplo do seu pulso firme, após receber denúncias da sociedade literária, grupo fundado por seu antecessor. Quando descobriu que lá eram debatidas questões políticas e comentados outros acontecimentos como a Revolução Francesa, mandou dissolve-la e recolheu seus membros a fortalezas e ao hospital da Penitência onde os manteve presos por vinte e sete meses sob processo, ao fim dos quais mandou soltá-los por nada se ter apurado contra eles.