Santo Antônio de Guarulhos

A aldeia Santo Antônio de Guarulhos foi criada com índios guarulhos, aldeados pelos capuchinhos italianos em 1672 na capitania da  Paraíba do Sul (ex-São Tomé). A região em que a aldeia foi instalada era marcada por hostilidades de índios, sobretudo dos goitacazes, constituindo-se num grande obstáculo para a colonização portuguesa. Esses índios foram combatidos por conquistadores e pelos índios aldeados de Cabo Frio e Reritiba e, quando vencidos, acabaram por ingressar na aldeia de São Pedro. Após a derrota dos goitacazes, índios guarulhos passaram a dominar a região, atacando fazendas no vale do rio Muriaé e fazendo incursões até Macaé. No entanto, seriam aldeados no final do século XVII, sendo-lhes concedidas duas léguas de terras: a primeira foi oficializada por pedido do capitão-mor Manuel Barbosa, e a segunda através de requerimento do capitão-mor da aldeia Miguel da Silva, em 1729. A aldeia foi transferida e, em nome dos índios, foi concedida outra sesmaria, com a condição de ser cultivada em dois anos. Em decorrência de outras mudanças que ocorreram sucessivamente, da rigidez do tratamento oferecido pelos padres capuchinhos, da má administração das terras e da invasão de colonos, os índios, aos poucos, foram desertando da aldeia. Ao iniciar-se o século XVIII, a aldeia se encontrava em situação precária e disputas por questões de terra desencadearam sérios conflitos entre os jesuítas, a Câmara da Vila de São Salvador e os índios guarulhos. Em 1763, teve seus limites ampliados e passou a ser considerada apenas como freguesia. Extinta pelo abandono dos índios no final do século XVIII, o aforamento de suas terras serviu para financiar a aldeia de São Fidélis.

 

Bibliografia

 

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