Hospital para os escravos, pegado ao engenho (atual sede de Fazenda)

Frequentemente as enfermarias funcionavam em edificação independente e próxima à casa de vivenda. O caso de Campo Alegre é uma exceção. As enfermarias possuíam uma sala, separada por gradil, onde ficava a farmácia e uma sala separadas para atendimento de homens e mulheres. Ali estavam alinhados os leitos, uns apenas com esteiras, outros com colchões de palha, lençóis de algodão grosso e cobertor. Para higiene e cuidado com as contaminações, era recomendado que os salões fossem lavados uma ou duas vezes por semana e desinfetados com solução de ácido fênico. Em dias de visitas de médico os lençóis e a roupa dos doentes eram trocados, e uma  defumação com alfazema, alecrim e incenso realizada. Se surgissem algumas epidemias, tais como tifo, disenteria ou varíola, as enfermarias eram sujeitas à rigorosa desinfecção. Os escravos doentes eram cuidados por um enfermeiro escravo que lhes preparava os medicamentos, administrando-os segundo as orientações do médico. Periodicamente, em geral uma vez por mês, o médico da fazenda ia à enfermaria para verificar o estado de saúde dos escravos, dando alta para o trabalho, modificando a medicação ou determinando mais alguns dias de repouso para a recuperação. Nas fazendas menores não havia médico particular e os doentes eram tratados nas próprias senzalas, ou em quartos separados.